Frente Comum conta com "adesão em massa" à greve de sexta-feira

16 de março 2023 - 18:53

Esta sexta-feira há greve na Função Pública para reclamar aumentos de salários, tetos máximos aos preços dos bens essenciais e valorização das carreiras. No sábado há manifestação nacional da CGTP em Lisboa.

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Foto de Paulete Matos.

Os trabalhadores da Função Pública estão em greve a partir das 0h desta sexta-feira e o coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, disse à agência Lusa que espera uma "adesão em massa" à paralisação.

"Estamos a antecipar que estejam encerrados muitos serviços da Segurança Social, lojas do cidadão, conservatórias, finanças, estamos à espera de um grande impacto nesses serviços, também na área da saúde, com muitas consultas externas encerradas, e também nas escolas", afirmou Sebastião Santana.

"A greve começa à entrada do turno da noite de hoje, com os trabalhadores da área da saúde e da recolha de resíduos a serem os primeiros a entrar em greve e o que se prevê é uma adesão em massa, tanto na noite de hoje como durante o dia de amanhã", acrescentou o coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública.

Para este sábado está marcada uma manfestação nacional promovida pela CGTP em Lisboa. As concentrações realizam-se às 15h com os trabalhadores do setor privado a juntarem-se no Saldanha e os da administração pública nas Amoreiras. O lema da manifestação diz que o aumento geral dos salários e pensões é uma "emergência nacional", depois de os salários dos trabalhadores terem visto ser retirado o seu poder de compra que "tem servido para aumentar os lucros do capital".

"O Governo insiste em não responder aos problemas, não regula os preços de bens essenciais, promove a perda de poder de compra dos salários, mantém uma legislação laboral contra os trabalhadores, ao mesmo tempo que os lucros das grandes empresas aumentam", refere a convocatória da manifestação, acrescentando que "a subida de preços, a inflação e a redução do poder de compra não são uma fatalidade".

A central sindical exige aumentos salariais de pelo menos 10% e nunca inferiores a 100 euros para todos os trabalhadores, bem como o aumento das pensões que reponha o poder de compra e assegure a sua valorização, a fixação do Salário Mínimo Nacional em 850 euros com referência a janeiro deste ano, a erradicação da precariedade e a revogação das normas gravosas da legislação laboral, entre outras medidas.