Em comunicado, Partido da Esquerda Europeia (PEE) destaca o seu “máximo respeito pekas decisões políticas e jurídicas de Bolívia e a sua soberania como nação”, manifestando o seu apoio “às medidas tomadas pelas autoridades judiciais e policiais na detenção de Luis Fernando Camacho, governador de Santa Cruz e um dos atores principais do golpe de estado contra o presidente Evo Morais”.
O PEE refere que “ninguém está acima da lei de um estado democrático” e que “deve prevalecer a independência do poder judicial”, apontando que as medidas em causa foram despoletadas no âmbito de uma investigação de atividades criminosas contra o Estado de Direito.
O processo remonta a 28 de novembro de 2020 e foi movido “contra os responsáveis pelo golpe de Estado e por assassinatos, como os das matanças de Sacava e Senkata, e as reiteradas ameaças contra membros do MAS, obrigados, na melhor das hipóteses, a fugir do país nesse momento”.
O PEE declara o seu apoio “ao Governo da Bolívia, às autoridades judiciais e sobretudo ao povo boliviano, que há meses padece das agressões da oligarquia do seu país, encabeçada por Camacho”.
“A lei deve ser igual para todos, é um princípio republicano e democrático universal que como Partido da Esquerda Europeia defendemos”, lê-se no comunicado.
Após a prisão de Camacho, sob a acusação de terrorismo, foram levantados vários bloqueios de estradas em inúmeros locais de Santa Cruz, onde o escritório do promotor foi incendiado.
De acordo com o The Guardian, os manifestantes também se reuniram no aeroporto Viru Viru de Santa Cruz, numa aparente tentativa de impedir a deslocação de Camacho fosse transportado.