“Há um regime de privilégio que vive à custa deste Governo”

29 de dezembro 2022 - 12:16

Pedro Filipe Soares considera que a demissão de Pedro Nuno Santos não encerra a questão da TAP e que “há esclarecimentos que o Governo ainda deve ao país”.

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Foto de Miguel A. Lopes, Lusa.

O líder parlamentar do Bloco afirmou esta quinta-feira em declarações aos jornalistas que existe um “regime de privilégio da TAP que é inexplicável”, e que “alguém tem de assumir responsabilidades” por ele.

“Há pagamentos a Alexandra Reis com dúvidas de ilegalidade” e o “ministério das Finanças não pode alegar desconhecimento”, porque se trata de “uma empresa intervencionada pelo Estado com uma injeção de 3.200 milhões de euros”, lembrou Pedro Filipe.

O dirigente bloquista acrescentou que “há a responsabilidade política de, tendo Alexandra Reis sido considerada pelo próprio Estado de não estar à altura de continuar na administração de uma empresa pública, ter sido depois chamada para a administração de outra empresa pública e, por fim, para o Governo”.

Neste contexto, existem “responsabilidades a pedir quer a António Costa quer a Fernando Medina”.

Pedro Filipe lamentou que falte um “rumo para o país”: “E quando não há um rumo definido, claramente, o Governo perde-se nestes casos”, apontou.

O líder parlamentar do Bloco criticou as “escolhas estratégicas ruinosas para o país e para as pessoas” que o Governo adotou: “uma política de empobrecimento” e a “recusa do executivo em atacar o abuso daqueles que, a coberto da inflação, estão a ter lucros milionários e a sacrificar ainda mais as pessoas”.

“Um governo que não tem um projeto para o país é um governo que também traz instabilidade política e que falha em trazer tranquilidade às pessoas”, enfatizou.

Pedro Filipe Soares reforçou que o executivo socialista “perde mais tempo nas falhas de coordenação interna do que na governação do país” e assinalou a “instabilidade do PS”, com a ausência “de um rumo e a incapacidade de responder a um momento tão difícil” para as famílias.

O dirigente bloquista realçou que “há um regime de privilégio que vive à custa e à conta deste governo”, e que não existem “políticas que defendam as pessoas deste regime de privilégio”.