O líder parlamentar do Bloco afirmou esta quinta-feira em declarações aos jornalistas que existe um “regime de privilégio da TAP que é inexplicável”, e que “alguém tem de assumir responsabilidades” por ele.
“Há pagamentos a Alexandra Reis com dúvidas de ilegalidade” e o “ministério das Finanças não pode alegar desconhecimento”, porque se trata de “uma empresa intervencionada pelo Estado com uma injeção de 3.200 milhões de euros”, lembrou Pedro Filipe.
O dirigente bloquista acrescentou que “há a responsabilidade política de, tendo Alexandra Reis sido considerada pelo próprio Estado de não estar à altura de continuar na administração de uma empresa pública, ter sido depois chamada para a administração de outra empresa pública e, por fim, para o Governo”.
Neste contexto, existem “responsabilidades a pedir quer a António Costa quer a Fernando Medina”.
Pedro Filipe lamentou que falte um “rumo para o país”: “E quando não há um rumo definido, claramente, o Governo perde-se nestes casos”, apontou.
O líder parlamentar do Bloco criticou as “escolhas estratégicas ruinosas para o país e para as pessoas” que o Governo adotou: “uma política de empobrecimento” e a “recusa do executivo em atacar o abuso daqueles que, a coberto da inflação, estão a ter lucros milionários e a sacrificar ainda mais as pessoas”.
“Um governo que não tem um projeto para o país é um governo que também traz instabilidade política e que falha em trazer tranquilidade às pessoas”, enfatizou.
Pedro Filipe Soares reforçou que o executivo socialista “perde mais tempo nas falhas de coordenação interna do que na governação do país” e assinalou a “instabilidade do PS”, com a ausência “de um rumo e a incapacidade de responder a um momento tão difícil” para as famílias.
O dirigente bloquista realçou que “há um regime de privilégio que vive à custa e à conta deste governo”, e que não existem “políticas que defendam as pessoas deste regime de privilégio”.