O Instituto Nacional de Estatística confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação em Portugal se situou nos 9,1%, estando o coeficiente aplicado ao aumento das rendas perto de 5%. Assim, em 2023 o aumento de rendas será o maior da última década.
A atualização das rendas é calculada a partir da taxa de variação média do índice de preços no consumidor dos últimos 12 meses terminados em agosto do ano anterior, sem contar com a habitação. Não se preveem grandes alterações ao valor a que se chegou em julho, 4,79%, pelo que é esperado que o aumento das rendas se situe à volta desse patamar. O valor final definitivo do aumento será apenas indicado em setembro e será oficial depois da publicação em Diário da República a 30 de outubro.
As contas do JN/Dinheiro Vivo apontam desta forma para aumentos, exemplo, de 25 euros mensais para quem pague uma renda de 500 euros, o que significa pagar perto de mais 300 euros num ano.
Nos últimos anos, as rendas tinham ficado congeladas em 2015, subido 0,16% no ano seguinte, depois 0,54% em 2017, 1,15% em 2019, 0,51% em 2020, ficaram novamente congeladas em 2021 e este ano tinham subido 0,43%.
A perspetiva de um aumento forte tinha já feito Romão Lavadinho, presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses dizer à Lusa em meados de junho que o governo terá de tomar medidas porque as pessoas de menores rendimentos não podem ser confrontadas com aumentos desta dimensão porque o que pagam já está no limite da sua taxa de esforço.