A associação de defesa dos direitos dos consumidores, Deco Proteste, antecipa que, como costuma acontecer no primeiro trimestre do ano, vão existir anúncios de subida de preços de várias comissões cobradas pelos bancos, entre as quais as que dizem respeito a cartões de débito e de crédito.
O economista desta instituição, Nuno Rico, diz ao Diário de Notícias que “não há argumentos para estes aumentos” porque “os bancos estão cada vez mais digitais e continuam a fechar balcões e a reduzir o número de trabalhadores”. Assim, “cada vez os portugueses têm menos banca, mas uma banca mais cara”. O especialista critica o facto de não serem apresentadas justificações para este tipo de subidas de preços. Para ele, “a conta bancária tornou-se num serviço essencial” e estas comissões deviam “ser mais transparentes”. Outra questão que a Deco Protesto coloca é o aumento do acesso às contas de serviços mínimos bancários.
Aquele jornal cita a plataforma comercial e de venda de crédito ComparaJá que noticiou que três bancos anunciaram já aumentos para 2022. Entre eles está o Novo Banco que aumenta o preço dos depósitos à ordem, do crédito pessoal e nos serviço de cartões de crédito e débito. Também fará com que a chamada “comissão de manutenção de conta à ordem”, que não corresponde efetivamente a nenhum serviço prestado, terá o mesmo valor anual para todos, independentemente do saldo: 62,30 euros.
O Activo Bank já disse que vai aumentar preços de serviços de notas estrangeiras e “os valores que serão aplicados no que diz respeito à declaração de informação”. O Millenium BCP vai subir nas contas de depósito e prestação de serviços “sempre a outros clientes”. Isto apesar de se salvaguardar que ambos “poderão ainda anunciar novas alterações aos seus preçários”.
