A Ucrânia esmagada pelas potências

Palco de um grande movimento popular, a Ucrânia vê-se agora ameaçada por um governo que integra a extrema-direita e quer impor a austeridade da troika, pelo expansionismo da NATO, pela invasão russa à Crimeia, pela ameaça da divisão do país. Neste dossier, organizado por Luis Leiria, recolhemos artigos, entrevistas e informação para ajudar a compor um panorama sobre a nova crise que atinge a Europa.

13 de março 2014 - 17:59
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Começamos com uma declaração da “Oposição de Esquerda” ucraniana que denuncia a agressão russa na Crimeia e o papel destrutivo dos nacionalistas ucranianos, seguida de 6 notas para compreender o que se passa na Crimeia, peça chave do conflito na Ucrânia. Seguem-se vários artigos e depoimentos discutindo o caráter do movimento Maidan que derrubou Ianukovich: o ucraniano Vasyl Cherepanin, do centro de investigação “Cultura Visual” de Kiev, defende que a esquerda não deve repetir a propaganda de Putin que diz que os fascistas ocuparam Maidan; o polaco Zbigniew Marcin Kowalewski afirma que na Ucrânia a Primavera dos Povos chegou à Europa; e o britânico Gabriel Levy, que esteve presente na praça, defende que o movimento não se encaixa em certos estereótipos usados pelas pessoas na Europa Ocidental, incluindo os socialistas e as esquerdas. Seguem-se duas perspetivas diferentes sobre o papel da extrema-direita. Gabriel Levy diz que a direita e os fascistas são numericamente uma pequena minoria num amplo movimento popular, mas não podem ser ignorados; já Yorgos Mitralias apela à criação de um movimento anti-fascista europeu. Finalmente, Jonathan Freedland observa que é possível condenar a invasão de Vladimir Putin e acreditar que não há lugar para os fascistas no novo governo de Kiev; Harriet Salem traça o perfil dos ministros do novo governo de Kiev; Yanis Varoufakis faz três perguntas incómodas aos liberais ocidentais; e um artigo da DW mostra como a crise pode afetar a distribuição de gás na Europa.

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