"2015 é também o ano de nos vermos livres deste Governo”

21 de dezembro 2014 - 16:16

Durante um almoço convívio que teve lugar este domingo em Olhão, Catarina Martins acusou o Governo PSD/CDS-PP de confundir interesse público com desemprego, referindo-se ao despedimento "maciço" dos trabalhadores da Segurança Social. A porta voz do Bloco defendeu que “é urgente quebrar a destruição do país” em curso.

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"2015 é também o ano de nos vermos livres deste Governo e essa é uma mensagem importante. É urgente quebrar a destruição do país que está a ser feita", avançou a dirigente bloquista em declarações à Lusa.

Catarina Martins deu o exemplo do despedimento de cerca de 700 trabalhadores da Segurança Social, que identificou como "um dos maiores ataques" de sempre ao país.

"Que 2015 nos traga a força de todas estas lutas contra o Governo", frisou, acusando o executivo de direita de confundir interesse público com desemprego.

Segundo a porta voz do Bloco, os trabalhadores da Segurança Social deram ao país "uma lição de solidariedade", ao unirem-se, quer os que serão encaminhados para a requalificação quer os que se mantêm em serviço, em defesa deste serviço público.

"Naturalmente, o que está por trás é uma visão de privatização da Segurança Social, ou seja, a prazo a função de apoiar crianças e jovens em risco deixa de ser da Segurança Social, que é pública, e passa a ser privatizada", afirmou.

A dirigente bloquista acusou ainda a maioria de direita de estar a promover a substituição dos trabalhadores por desempregados com Contratos de Emprego Inserção, que não têm direito a um posto de trabalho, a um contrato de trabalho ou a um salário.

"O Governo despede onde já falta gente, a Segurança Social precisa de mais pessoas e não de menos pessoas a trabalhar com crianças e jovens em risco", destacou.

Catarina Martins criticou ainda o facto de o Governo alegar que está a "requalificar" os trabalhadores, por estes estes não terem funções atribuídas, quando, na realidade, "se sabe que aqueles trabalhadores são os que acompanham jovens e crianças em risco ou com deficiência".