No colóquio será evocada, entre outras lutas, a grande manifestação dos trabalhadores da Lisnave de 12 de Setembro de 1974, em que milhares de operários em fato de trabalho e capacete, vindos dos estaleiros da Margueira, engrossando já em Lisboa com os seus camaradas dos estaleiros da Rocha, atravessaram a cidade em filas cerradas até ao Ministério do Trabalho, na Praça de Londres, exigindo o saneamento dos lacaios dos patrões e do fascismo e contestando as então novas leis da greve e do lock-out. A manifestação ultrapassou o dispositivo militar montado para a reprimir, pois os soldados e marinheiros que o compunham, solidarizaram-se com os manifestantes e desobedeceram às ordens de impedir os operários da Lisnave de se manifestarem em Lisboa.
O colóquio será apresentado pelos historiadores Fernando Rosas e João Madeira e intervirão Carlos Santos, Mário Tomé, Eduardo Pires e José Alves (ambos protagonistas da manifestação de 12 de setembro de 74), Vladimiro Guinot, Carlos Guinote, Manuel Monteiro e João Clara e Silva.
O colóquio é uma iniciativa da Cultra (cooperativa cultura trabalho e socialismo) e realiza-se no Museu da Cidade de Almada, situado na Pr. João Raimundo, na Cova da Piedade, onde também estará a exposição “O futuro era agora – nos 40 anos das greves contra a corrente (maio – setembro de 1974)". (ver mais notícias sobre estas iniciativas em http://www.esquerda.net/topics/40-anos-das-greves-contra-corrente).
Também para sábado, 13 de setembro, está a ser convocado um almoço comemorativo dos 40 anos do 12 de setembro de 1974, ver evento no facebook.