"O que hoje o Governo nos disse é que toda esta política de austeridade é para continuar, com cortes nos salários e nas pensões, redução do orçamento dos serviços públicos e, sobretudo, redução na despesa social do Estado", declarou o coordenador do Bloco à saída da reunião com Passos Coelho sobre a conclusão do atual memorando da troika e o período que se seguirá.
Citado pela agência Lusa, João Semedo afirmou-se convicto de que "o Governo está apostado numa marcha forçada para reduzir o défice brutalmente num período curtíssimo impondo pesadíssimos sacrifícios" e que nesse contexto “vai ser muito difícil que o Governo cumpra aquilo que nos últimos dias tem indiciado que poderá vir a fazer, que é aumentar o salário mínimo nacional".
A delegação bloquista, que incluiu a coordenadora Catarina Martins, o líder parlamentar Pedro Filipe Soares e a deputada Mariana Mortágua, defendeu a rejeição da atual política que trouxe o "empobrecimento generalizado”, através de uma alternativa que reestruture os prazos, juros e montantes da dívida pública e leve a referendo o Tratado Orçamental europeu. “Este é o momento de desobedecer aos credores e à troika”, concluiu João Semedo.