Depois da gigantesca manifestação dos ferroviários da EMEF no Entroncamento, os trabalhadores dos caminhos de ferro prosseguem a luta com uma greve de 24 horas esta quinta-feira. Ao contrário do que é habitual, a administração da CP não indicou os comboios que farão os serviços mínimos fixados genericamente pelo Conselho Económico e Social.
"Ao não o fazer, abdicou de qualquer definição de serviços mínimos, pelo que os trabalhadores podem, e devem, enfrentar esta luta com mais determinação e firmeza", declarou em comunicado o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário. "Neste momento qualquer carta a indicar trabalhadores para serviços mínimos é ilegal, porque a CP não cumpriu a decisão do CES, nem deu qualquer possibilidade do Sindicato exercer os direitos previstos na lei para estes casos", acrescenta o Sindicato.
Os trabalhadores da CP, CP Carga e Refer pretendem com esta paralisação protestar "contra o roubo dos salários", bem como defender os Acordos de Empresa e o Direito ao Transporte por parte dos funcionários e familiares.
Em comunicado, a administração da CP fez saber aos utentes que são de esperar "algumas perturbações e supressões pontuais nos serviços urbanos de Lisboa e Porto e no serviço Regional: linha do Minho, Oeste e Ramal de Tomar".