O Manifesto 3D (M3D) tinha sido subscrito por 5400 pessoas que apelavam a um entendimento para uma alternativa à esquerda. Mas passado um ano, a maioria dos promotores acabou por concluir que o texto que esteve na sua origem "não legitima" a sua transformação num partido político. Assem sendo, a principal decisão saída da última reunião do M3D, no passado sábado, foi a de "pôr termo à sua atividade enquanto Comissão Promotora e a qualquer forma de intervenção pública em nome do Manifesto 3D".
"A maioria dos presentes defendeu a transformação do M3D numa plataforma de intervenção política mais ativa, sem que houvesse porém consenso quanto ao formato dessa plataforma, sendo a criação a curto prazo de um novo partido político defendida por uma minoria de subscritores", revela o comunicado divulgado no blogue do M3D.
Mas o fim do M3D não significa que os seus promotores desistam da "construção de uma alternativa de governação à esquerda". Na resolução intitulada "Balanço e conclusão do Manifesto 3D", os promotores reconhecem que a sua proposta de entendimento à esquerda "deixou sementes positivas no debate político que germinarão em novas iniciativas". Quanto às "futuras iniciativas que venham a materializar-se nesse sentido, ainda que beneficiem da herança e do capital de experiência recolhido pelo M3D, não se realizarão sob essa designação", concluem.