Só um em cada 10 portugueses acha que o memorando deve ser cumprido

18 de maio 2013 - 18:41

Sondagem revela que mais de 80% dos inquiridos defende a renegociação ou a denúncia do acordo com a troika e apenas 10,8% entendem que este deve ser cumprido. Mais de metade (55,1%) considera que o Portugal pós-troika será um país “em piores condições, com a economia em colapso e mais desemprego”.

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Quase metade dos inquiridos (47,8%) considera que o memorando nem deveria ter sido assinado. Foto de Paulete Matos

Apenas 10,8% dos inquiridos no estudo de opinião realizado pela Eurosondagem para o Instituto Europeu da Faculdade de Direito de Lisboa têm a mesma posição que Vítor Gaspar, Passos e Portas, isto é, que o acordo com a troika deve ser cumprido. Em contrapartida, a esmagadora maioria, mais de 80%, considera que Portugal deve renegociar profundamente ou denunciar o memorando de entendimento e procurar alternativas.

Questionados sobre o que Portugal devia fazer face às negociações/imposições da troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), 41,5% dos inquiridos defenderam a denúncia do memorando, 41% a renegociação do memorando.

Memorando não deveria ter sido assinado

Mais ainda: quase metade dos inquiridos (47,8%) considera que o memorando nem deveria ter sido assinado e 45,4% acham que governo tem-se caracterizado por fazer cedências excessivas à troika.

A Eurosondagem revela também que apenas 12% dos inquiridos consideram que o memorando de entendimento foi bem elaborado e 9,4% que o relacionamento entre as instituições internacionais e o governo português tem corrido normalmente. Um terço dos inquiridos (32,9%) afirma que a troika tem demonstrado insensibilidade com a situação da economia portuguesa.

Já sobre o futuro pós-troika, mais de metade dos inquiridos (55,1%) afirma que Portugal ficará “em piores condições, com a economia em colapso e mais desemprego”. Apenas 11,8% acreditam que Portugal terá melhores perspetivas de futuro.