Paulo Cafofo será o próximo presidente da câmara do Funchal

15 de maio 2013 - 18:17

Face ao "declínio do jardinismo" e à "duplicidade do CDS-PP" na atual governação, bem como ao carácter abrangente da coligação “Mudança”, João Semedo está convencido que Paulo Cafofo será o próximo presidente da Câmara Municipal do Funchal, quebrando a hegemonia laranja na região.

PARTILHAR
"O CDS é, na Madeira e no continente, o partido das duas caras, dos dois discursos e das duas políticas", resumiu João Semedo.

"Estou muito confiante na vitória do professor Paulo Cafofo, julgo que é preciso dizer aos funchalenses que esta candidatura não concorre às eleições apenas para marcar presença, concorre para disputar a presidência da Câmara do Funchal", declarou o coordenador do Bloco. As declarações de João Semedo foram proferidas depois de um breve encontro com o líder da coligação apoiada também pelo PS, PND, MPT, PAN e PTP.

Numa ilha marcada por quase 4 décadas de hegemonia total do PSD, governando todas as câmaras municipais desde o 25 de Abril e mantendo 51 das 54 juntas de freguesia, uma candidatura abrangente para disputar a câmara do Funchal é a principal marca politica das próximas eleições.

Elogiando a unidade alcançada na principal câmara da Madeira, o deputado do Bloco lembrou que “o jardinismo está em declínio, o PSD-M está muito dividido e muito enfraquecido, é este o momento para que a esquerda se chegue à frente para levar até ao resultado final este estertor do jardinismo". "É a minha convicção que o professor Paulo será, no futuro, o próximo presidente da Câmara Municipal do Funchal", repetiu o coordenador do Bloco.

João Semedo recordou, no Funchal, a política dissimulada que o CDS tem levado a cabo no Governo, tentando fingir que se opõe às medidas de austeridade que tem aprovado, dizendo que é também essa a política que tem seguido na Madeira. "O candidato do CDS-M (José Manuel Rodrigues) não é uma figura muito diferente da de Paulo Portas. Nos últimos dias temos vindo a assistir às habilidades e aos números de Paulo Portas, mas José Manuel Rodrigues já habituou os funchalenses a alguns números, a ter uma palavra no continente e outra palavra na Madeira".

"O CDS é, na Madeira e no continente, o partido das duas caras, dos dois discursos e das duas políticas", resumiu João Semedo.

Para Paulo Cafofo, a escolha nas eleições autárquicas é "entre a continuidade e a mudança". A escolha que se coloca aos funchalenses, diz o candidato da coligação “Mudança”, é clara. "Se querem que a coligação a nível nacional entre PSD e CDS seja transferida para o Funchal ou se querem uma coligação de cidadania; se querem que a Câmara do Funchal seja uma espécie de uma criada para todo o serviço do Governo Regional ou se querem alguém que esteja à frente da Câmara que tenha como único interesse os munícipes e a cidade", resumiu.