Angola, a ditadura que o mundo finge não ver

Em Angola, a polícia reprime até o funeral de um ativista morto quando colava cartazes convocando uma manifestação. Uma oligarquia riquíssima, encastelada em torno do presidente da República, prospera diante da miséria da maioria do povo. José Eduardo dos Santos está no poder há 34 anos sem nunca ter sido eleito nominalmente para o cargo. Mas o mundo desvia o olhar – a riqueza do país parece tornar irrelevantes todos os atentados aos direitos humanos. Dossier coordenado por Luis Leiria.

05 de dezembro 2013 - 15:35
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Começamos por um extenso perfil de José Eduardo dos Santos, o déspota discreto, assinado por Luis Leiria. É a partir da Presidência da República que se espalha a corrupção no país, mostra, com detalhes, o jornalista angolano Rafael Marques. Desta forma, ver políticos portugueses a defender certas posições do regime angolano seria apenas ridículo, não fosse trágico, acusa o escritor José Eduardo Agualusa. Eduardo dos Santos usa agora o Orçamento do Estado para dispor legalmente de dinheiro para enriquecer a sua família, mostra Alfredo Muvuma. Desta, a mais rica é a filha mais velha, a primeira bilionária africana. Já o segundo filho está à frente do Fundo Soberano de Angola, o logotipo de 5 mil milhões de dólares. Em seguida, transcrevemos as declarações de voto de PCP, PS e Verdes que explicam porque não quiseram condenar o assassinato de três ativistas angolanos, e publicamos uma opinião de Luis Leiria sobre as posições do PCP.  

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