Esquerda Unitária no PE condena intervenção militar no Mali

16 de janeiro 2013 - 0:11

A Esquerda Unitária no Parlamento Europeu (GUE/NGL) condena a intervenção militar estrangeira, de matriz francesa, no Mali sublinhando que não é disso que um dos mais pobres países do mundo precisa, mas sim de diálogo e justiça social.

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GUE/NGL condena a intervenção militar estrangeira, de matriz francesa, no Mali sublinhando que não é disso que um dos mais pobres países do mundo precisa, mas sim de diálogo e justiça social.

A eurodeputada alemã do GUE/NGL Sabine Losing declarou em resposta a uma declaração da responsável pela política externa da União Europeia, Catherine Ashton, que "é suposto que a intervenção francesa corresponda a um procedimento padrão mas sabemos o pouco que as intervenções do passado ajudaram povos de países como o Iraque, a Somália e o Afeganistão".

Segundo Sabine Losing, "a situação no Mali é perigosa e não queremos qualquer expansão ou entrincheiramento da hegemonia islamita; o Mali é um dos mais pobres países do mundo, apesar dos seus recursos em matérias primas, e podemos interrogar-nos sobre as razões pelas quais chega tão pouco ao povo. Salta à vista a ligação entre a pobreza e a guerra civil", disse.

Por isso, perguntou a eurodeputada da Esquerda Unitária, "quais são os verdadeiros interesses" que podem estar por detrás desta intervenção militar? "Os recursos de urânio", acrescentou, "são de importância estratégica vital e são explorados por empresas nucleares da Europa contra a vontade do povo" do Mali.

Sabine Losing condenou igualmente o facto de o dinheiro do Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED) ser usado para financiar treino militar através da African Peace Facility, a força de paz africana agindo sob mandato da ONU.

Artigo publicado no portal do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu